"E no principio eram trevas, no início do início o cego leva uma leva ao passo do precipício" Pedro Paulo Soares Pereira2010 presente, muita gente ainda em clima de festa, muitas expectativas para esse novo ano, sempre almejando grandes mudanças para melhor. Mas, venho colocar alguns aspectos que passou pela minha louca cabeça certa vez. O Brasil tinha a 50 anos atrás muito menos habitantes que hoje. É fato que está acontecendo uma superlotação não somente no Brasil, mas também no mundo.
É "fácil" ter filho e é até hoje em dia considerado por muitos como a finalidade ultima da espécie, a reprodução. E essa ideia-finalidade já chegou ao mundo dos adolescentes, meninos e meninas apaixonados imprudentes, que pensam que aquele relacionamento vai ser sempre um mar de flores. Mesmo que existam propagandas e dinheiro público para prevenir esse tipo de acontecimento, o verdadeiro papel é dos pais, não tem como negar, eles são a base. As escolas, penso eu, são apenas lugares de encontro com as ferramentas necessárias para poder dar efetividade a todos os valores transmitidos pelos pais. Sou novo, ainda não tive essa grande experiência de vida, mas acredito que é deles o papel de passar a verdadeira visão do mundo, todos os valores e princípios para que suas crianças cresçam e não venham a digerir os venenos que o mundo lhes oferta. Então será esta questão tão simples assim? É só os pais ensinarem seus valores e darem mais atenção que a criança virá a ser uma pessoa de bem? Talvez fosse um pouco fácil se não fosse uma engrenagem enferrujada.
Todos concordam ou quase todos, que o papel é quase sempre dos pais, são as figuras mais relevantes para o jovem se espelhar. Mas e quando esses ensinamentos que são transmitidos já foram vitimas de um quiproquó social e os herdados são verdadeiras células cancerígenas a sempre corroê-los por dentro durante seu caminhar? É costumeiro escutar dos pais e da sociedade (eu que moro sozinho desde os 18 anos em Brasília ainda escuto da minha mãe que mora no Rio de Janeiro), meu filho vai estudar para você ser alguém na vida. Tratando sempre o estudo como apenas um meio para alcançar o sucesso (talvez a minha mãe não pense exatamente dessa forma), mas tenho certeza que muitos pais no Brasil agem assim. Pensam que os filhos só terão algum valor se forem considerados pela sociedade como alguém que venceu na vida (rico) ou um intelectual de poder. É só você observar o tanto de garotos novos que desejam ficar ricos a todo custo ou que apenas estudam (pelo menos aqui em Brasília) para concursos. Almejam sempre um concurso público, mas não necessariamente para servir a sociedade, e sim apenas como um modo de conseguir estabilidade econômica, fugir dos verdadeiros problemas que o cotidiano acarreta e uma vida estável e sossegada. Esse é o "verdadeiro" conceito de sucesso profissional hoje em dia: Dinheiro para ostentação, paz e conforto, esquecendo que o estudo, a inteligência e os ensinamentos transmitidos devem ter um papel de instrução e de armar os filhos, armas usadas por alguém instruído para poder aniquilar o mal que insiste em danificar e trazer infelicidades para o mundo. Então ser pai e mãe é isso: Não basta apenas noites de prazer e uma cuidadosa gestação para gerar um filho saudável, precisamos cuidar do mundo para nossos filhos, mas antes precisamos de filhos melhores para cuidar do mundo. Mas, se nem os pais estão preocupados com isso, pensam apenas no futuro dos seus filhos como finalidade última. Levam seus filhos a caminhar junto com eles e a quererem ser não aquilo que se deva realmente ser e fazer, mas aquilo que a modernidade capitalista e interesseira deseja que eles sejam: Meros piolhos que acabarão todos no mesmo destino, fazendo dessa "finalidade última da espécie" não mais uma das finalidade da espécie, e sim o final da espécie. Não é uma crítica absoluta sobre os pais, é sobre os pais que não tomam o cuidado de filtrar o conceito de "bem sucedido" ofertado pela sociedade. Era como dizia São Mateus "Deixai-os, cegos são e condutores de cegos; e se um cego guia outro cego, ambos vem a cair no mesmo barranco".
Ps: E cada vez o abismo é maior.
Hugo...
ResponderExcluirEntrei aqui por curiosidade(sou super curiosa!)
Pois sempre dou uma fuçada basica dos leitores de outros sites que acompanho, mas enfim li isso achei interessante, questionados e assim por dizer, eh o q todos pensamos na tenra idade, vc mesmo disse tem pouca estrada, mas jah tive sua idade, hj sou mãe e t confesso jah instruo minha filha mto mais nova q vc e falo sobre a praticidade da vida, veja so nos damos conta quando a certidão de nascimento começa a amarelar, e ai percebemos q o mundo em q vivemos eh assim...
Não questiiono o merito de fazer a diferença no mundo, mas não podemos nunca de ver tmb o lado pratico das coisas.
Pais e mães plantam a semente, mas depois qndo filhos se tornam os adultos e tomam suas prorias decisões resta-nos aceitar...
Mas lembre-se somos os pais de amanhã...
Abraços
Oriane
Ps: vc escreve mto bem, continue e n pare nunca
Oriane...
ResponderExcluirMe desculpa, mas não consegui me expressar direito, estava até reformando o texto. Observei antes mesmo do seu comentário que estava expressando uma injusta e absoluta crítica aos pais.
O texto é também uma crítica aos pais (talvez até injusta), mas não necessariamente somente sobre eles. Mas uma crítica sobre o que a sociedade espera do seu filho e o papel do pai em querer adaptar seu filho a sociedade. A sociedade almeja que seu filho seja tal, e os pais procuram adaptar o filho a essa sociedade. Em verdade não tem nada de ruim nessa ideia, o problema é que hoje o que a sociedade quer já não é aquilo que deveria ser. Os pais são vitimas sempre sim, mas também vejo (talvez erradamente) como coadjuvantes desse dilema. Penso ser esta a ferramenta que merece ser trocada em todos, sem exclusão dos pais: A falta de filtrar o conceito do "bem sucedido" rotulado nos dias de hoje. É no aceitar e no silenciar da voz e da alma, e no silêncio da alma "já posso sentir a tempestade chegar" .
Muito obrigado pela visita. Eu não sabia seu nome.
Tudo isso eh verdade Hugo!
ResponderExcluirMas a vida é um clichê...
E olha q n sou uma pessoa tão "adequada" assim...
Mas posso lidar com essa dualidade na boa...
Brigada pela visita...
é ótimo trocar impressões, n eh msm?
abçs
Oriane