"Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz..."

sábado, 29 de maio de 2010

Sumiço

"“Não há o que temer”, disse a Coragem para a Angústia. Foi neste exato momento que o Medo fez careta, por detrás da Coragem, para a Angústia, sem que a Coragem pudesse enxergar. A angústia entrou em sobressalto. Começou a roer as unhas. A Coragem deu-lhe um tapa na mão, para parar com aquilo. Então, o Pavor surgiu por detrás da Coragem e também fez careta para a Angústia. A Angústia borrou-se toda e correu para o banheiro. Não saía mais de lá. Quando a porta finalmente se abriu, não era a Angústia quem saiu, e sim a Covardia.

A Coragem nem percebeu a troca, pegou a Covardia pela orelha e foi puxando-a para a trincheira.
Foi aí, na trincheira, que a Morte surgiu e ia levar ambas, tanto a Coragem quanto a Covardia. A Covardia berrou tanto, esgoelou demais e, assim, a Morte ficou de saco cheio e levou apenas a Coragem."

Quando a guerra acabou, ninguém achou a Covardia. Ela desapareceu misteriosamente."

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